Karoline Hoffmann
No mundo, eSports se consolidam no ambiente acadêmico; Brasil acompanha tendência

No início de novembro, uma notícia chamou a atenção de quem acompanha o mundo dos eSports: um estudante brasileiro conquistou vaga em 32 – sim, trinta e duas – universidades norte-americanas para jogar Fortnite. A conquista do carioca Guilherme Marianno, de apenas 17 anos, evidencia o investimento cada vez maior das instituições de ensino nos eSports e em seus atletas ao redor do mundo, mas especialmente nos EUA e Europa.
Outrora restritas apenas a jogadores de esportes tradicionais – como o futebol americano e o beisebol –, as bolsas de estudos são, hoje, destinadas também a atletas de esportes eletrônicos, apontando uma tendência global de crescimento e consolidação dos games. Em 2019, cerca de 200 universidades norte-americanas ofereciam bolsas a pro players. Estima-se que essas instituições tenham desembolsado, juntas, mais de 15 milhões de dólares na profissionalização de seus e-atletas naquele ano.
E engana-se quem pensa que o cenário no Brasil é desanimador. Embora ainda tímido, o incentivo das universidades aos eSports também tem crescido bastante por aqui. Já há, inclusive, um campeonato nacional específico: o Torneio Universitário de eSports (TUE), que acontece anualmente desde 2017.
Os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) também já contam, desde 2016, com os esportes eletrônicos entre as suas modalidades – ganhando, inclusive, uma edição independente para esse segmento, os JUBs eSports, no ano passado. E muitas universidades já têm, em seu corpo discente, equipes oficiais dos principais games. Um exemplo disso é a UFSC Titans, que leva o nome da instituição catarinense a torneios regionais e nacionais.
É só o começo!