Um caso ocorrido recentemente no Flamengo acendeu um alerta para uma questão pouco debatida: a adequação dos times esportivos à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
No caso em questão, fotos do zagueiro Rodrigo Caio com o joelho inchado e da prancheta do técnico Paulo Sousa foram compartilhadas nas redes sociais por torcedores que visitavam o CT do clube. Essa não é a primeira vez que um caso assim, de vazamento de informações internas, ocorre com o clube carioca.
É importante lembrar que informações médicas – como é o caso da recuperação do zagueiro do Flamengo, que gerou muito debate e especulação na web por conta da imagem vazada – são consideradas dados pessoais, confidenciais e, ainda, sensíveis, pois podem, no caso de atletas, prejudicar a reputação, minar futuras contratações e expor questões da vida privada dos jogadores.
Embora isso tenha acontecido com o time de futebol do Flamengo, o caso também se reflete nos esportes eletrônicos (o Direito Desportivo, afinal, vale para ambas as modalidades): estão as equipes de e-Sports alinhadas à LGPD? O que o seu time tem feito para proteger os dados pessoais de seus atletas? Quais são as exigências da LGPD nesse contexto, para essas equipes especificamente?
Essas perguntas são importantes e necessárias a qualquer organização que queira ascender profissionalmente. Uma violação à LGPD pode, em suma, gerar muito mais do que um debate nas redes sociais, como visto no caso mencionado.
Um vazamento pode incutir em multas milionárias e representar um dano permanente à imagem da equipe e do jogador – e este, por sua vez, pode voltar-se contra o clube se se sentir lesado de alguma forma pela falta de responsabilidade da equipe ao lidar com os seus dados.
Portanto, fica a dica: a LGPD é, sim, aplicável e importante também aos e-Sports. Estar de acordo com ela é um passo importante no caminho da profissionalização e previne dores de cabeça.
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